sábado, 31 de maio de 2008

A ILHA DE MENDES

Conta um conto que havia no passado uma importante e grande civilização em uma bela ilha no Trópico de Capricórnio: a Ilha de Mendes.Havia saneamento básico e escoamento de águas pluviais bem projetados e elaborados e uma importância econômica significativa para todo o planeta.Houve muita imigração de outras civilizações, algumas não tão civilizadas, para a bela ilha e as construções não respeitaram nem o bom senso, nem a cultura local nem mesmo os referidos equipamentos que outrora limparam a ilha de pestes. Um destes estranhos à ilha se chamava Sr. Santos que se estabeleceu em uma área pobre do arquipélago, onde já se refugiara uma comunidade de pobres migrantes desempregados. O Sr. Santos então de forma criativa, sabedor que nada é mais lucrativo do que explorar os miseráveis, abriu uma oficina de desentortar pregos e aluguel de martelos para construção de barracos e trabalhava de sol-a-sol, alugando, vendendo, cobrando, tomando. Cada martelo alugado era muito bem pago de forma que o Sr. Santos foi comprando e construindo obras e obras na ilha. Era muito bem posicionado em sua tribo e também admirado pelo cacique e conselheiros da ilha de Mendes, que não só o isentavam de pagamento de qualquer tributo como lhe permitiam construir sem qualquer restrição.O Sr. Santos a cada mês construia mais e mais alto e menos respeitava seus limites e os da tradição local chegando a tomar toda a ilha para sí. Ficou conhecido como o dono da ilha de Mendes. Como ele mesmo não se considerava possuidor de uma aura de benfeitor, pretendia repetir o projeto da Torre de Babel que tão bem conhecia de seus antepassados e chegar ao céu por seus próprios meios e para lá ampliar o seu império. De fato as torres foram sendo construídas, ganhando mais altura a cada uma e ultrapassando as nuvens. O peso das torres era tanto que acabou afetando tanto o subsolo da ilha que após um indescritível estrondo tudo ruiu, a ilha afundou, os trabalhadores foram jogados ao mar ou nas ilhas vizinhas, os que não morreram passaram a falar outros idiomas.Os cidadãos da ilha Mendes mal conseguiam se movimentar de tantos que se aglomeravam no mesmo espaço e afundaram com a ilha, enquanto avistavam já ao longe o Sr. Santos partindo em sua nau dos quintos com seus, pregos, martelos, jóias e pedras preciosas em busca de outra ilha com outras tribos para explorar ...

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