terça-feira, 10 de junho de 2008

Atlântida - realidade ou profecia ?






Acabo de receber a notícia que: o aumento do nível do mar está fazendo desaparecer o país Kiribati.O nivel do mar está subindo, não temos poder para limitar os potenciais poluidores e causadores do efeito estufa nem "peito" para parar mesmo os poluidores locais. Torres de até cem andares e sem recuos a considerar, mas já "legais" e previstas para Santos, deveriam levar em conta a elevação do nível do mar previsto em 1m a cada 10 anos e em progressão quase geométrica, enquanto o vereador discursa na Tribuna tropeçando no idioma pátrio,mais do que o imitador de analfabeto em programa humorístico, para agradecer a "saudosa” professora Rosinha que o diplomou em curso de terceiro grau como também "autoridades" como Leão e Pelé. Aliás, o professor de português da faculdade deve ter sido o mesmo sargento Carlos do tiro-de-guerra que minha escola de segundo grau teve de engolir e a classe vivia discutindo as regras gramaticais com ele. Dos meus colegas de turma só o meu amigo Salim Albino desapareceu. Ele fez a campanha que me elegeu presidente do Diretório Acadêmico.Quem vai investir em um apartamento de alto valor que será destruído em 20 anos?Tecnicamente é perfeitamente possível projetar edifícios com uma infra-estrutura mais adequada e um primeiro andar que poderá ser descartado futuramente. Ai poderia até construir um de 101 andares, já que não há limite.O que está sendo feito é um pega-tolos.Também é ilusão se deixar levar pela conversa de quem insiste que se está longe do perigo. Existem pontos de Santos e Cubatão que estão mesmo abaixo do nível do mar (eu mesmo constatei isto pessoalmente).Tenho me manifestado contra a liberação de limites máximos de altura e mínimos de recuo recentemente atualizados no Código da cidade. O subsolo é arenoso, mangue, areia movediça. Das estacas que procuram atingir uma base de rocha basáltica (pouco conhecida) a aproximadamente 60m de profundidade, resultam as rachaduras e incômodos aos edifícios vizinhos e em estacas pouco estáveis (em miniatura seria como uma sobreposição de no mínimo 12 palitos de fósforos enfiados um a um no solo com um martelo. Você teria certeza de que os primeiros palitos continuariam alinhados com os últimos?). Fora esta incógnita, será que a rocha basáltica a 60m de profundidade teria resistência suficientes para sustentar os gananciosos e faraônicos sonhos de poucos e inatingíveis irresponsáveis?Certamente que se ainda tudo isto resultar favorável aos "Nero's caiçaras da vida", lusitanos ou não, o clima poderá até parecer bom dentro dos apartamentos mais altos, mas quando o cidadão descer para a realidade, o clima estará abafado, sombrio e quente, poluído... Já os equipamentos urbanos, como fornecimento de água, energia elétrica, gás, esgoto e o trânsito já agora congestionado ficariam inviáveis. Não haverá como transitar, nem mesmo os ônibus públicos. Certamente faltará água, também luz, as praias estarão imundas (não teria sido melhor pensar em mandar corrigir as redes de esgotos que estão despejando na galeria de águas pluviais enquanto reconstruir o shopping e hotel 5estrelas condenados por má construção em vez de se omitir ao aumento de andares na surdina?). Mas os donos dos meios de comunicação locais são do grupo ou coniventes e se o povo já amestrado pelo que "vê e acata na telinha” como que o bom senso poderá prevalecer (como os trens elevados quando a nossa vocação natural é o metrô de superfície que já o tínhamos praticamente pronto e sem custos adicionais)?!Pontos a ponderar e quiçá agir.Fernando Pegorer - Engº Civil e Peritos Santos - SP - Treine ler alem da notícia: Visite meu blog (pelo menos um novo texto por dia)
Referências ao texto: http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI2936883-EI8278,00-Kiribati+aumento+do+nivel+do+mar+ameaca+pais.html http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u410353.shtmlJá está acontecendo...Kiribati: aumento do nível do mar ameaça país O presidente de Kiribati, Anote Tong, pediu hoje à comunidade internacional que o ajude a situar seus cidadãos diante da ameaça de desaparecimento desta pequena nação do Pacífico Sul por causa do aumento do nível do mar, informou hoje a imprensa neozelandesa.



2 comentários:

Anônimo disse...

Olá Pegorer

Prazer em conhecer...
Não fossem os blogs você provavelmente estaria escrevendo para minha outrora revista interNeWWWs.. a convite, é claro!

Não sei como seu e mail chegou a mim mas gostei do seu blog.. e eu nao sou do tipo blogger. Mas o assunto aquecimento global é de meu interesse e acho que, na verdade, não temos muita chance contra isso.

Meu medo é que o estrago já tenha sido tão grande que por inércia já estejamos condenados. Mas reluto em pensar assim e acho que devemos, sim, fazer campanha para mudar os hábitos dos amigos, conhecidos e todos para quem consigamos passar a idéia.

Me impressionou o filme "Uma verdade incoveniente" do ex-futuro presidente dos Estados Unidos, Al Gore, onde ele se mostra como pouquíssimos americanos: preocupado, consciente e culpado.

Aliás eu altamente recomendo para quem quer se iniciar no assunto...

A história já nos mostrou do que os americanos são capazes e como eles são responsáveis pelo que fazem... (tsk)

Dá pra ver que se dependermos deles não teremos chance contra o efeito estufa, uma vez que a economia deles é totalmente dependente de petróleo ou outros recursos naturais poluentes.

Na verdade, parece que estão sozinhos no mundo e o resto da humanidade é feita de figurantes dispensáveis numa grande produção hollywoodiana onde o que importa é a vidinha deles, os filhos deles, os carros deles.

Aqui no Brasil, dada a influencia americana pelo consumismo, estamos caminhando para um mundo totalmente comburente como mais carros por família e aumentando de forma impressionante.

Quero deixar aqui meu apoio nesta batalha que me parece a mesma de um formigueiro contra o regador do jardim. Só que tudo acabará em chamas ou em frio extremo...

Grande abraço e conte comigo.

Marcos Capella
marcos@capella.com.br

Pegorer disse...

Marcos,
Obrigado pela visita.
Hoje, a verdade está mais evidente.
Abraço
Fernando